quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Renascimento e Barroco: Principios Urbanos



11 - Dezembro - 2014
Sumário: Renascimento e Barroco: Princípios Urbanos
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Este período deixou um enorme legado para a Arquitectura e Urbanismo.
Foram estabelecidos princípios urbanos:

- A Simetria - tem um papel importante para a distribuição e o funcionalismo dos edifícios, construindo uma composição equilibrada entre eixos e planos.
- Perspectiva - Sai do papel como técnica de representação sendo enfatizada nos espaços urbanos.
- A perspectiva fechada através do monumento ou edifício isolado, como por exemplo em Roma sobe as ordens de Sixto V, foram demarcados os pontos de fuga das vias, assinalando também o centro de praças com estátuas e obeliscos. Deste modo, além de marco social, político e cultural constitui-se como elemento gerador da forma urbana.
- Integração - os edifícios são colocados em conjunto em harmonia.
- A adaptação topográfica.



Calçada de São Francisco em Lisboa
Fonte: https://c2.staticflickr.com/2/1040/682593678_81d00742e3_b.jpg


Piazza di Spagna
Fonte: http://images.travelpod.com/tripwow/photos/ta-00b0-c874-0d01/piazza-di-spagna-rome-italy+1152_12890853902-tpfil02aw-27624.jpg


Cours Mirabeau, Aix-en-Provence
Fonte:http://fr.wikipedia.org/wiki/Cours_Mirabeau#mediaviewer/File:Cours_Mirabeau_20100508_Aix-en-Provence_1.jpg


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Renascimento e Barroco: Elementos urbanos (continuação)

4 - Dezembro - 2014
Sumário: Renascimento e Barroco - Elementos urbanos (continuação)
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A partir do Barroco o quarteirão passa por um aperfeiçoamento, tornou-se um elemento planimétrico delimitado por vias que se subdivide em lotes e edifícações.
O quarteirão é um elemento que permite a divisão fundiária do solo numa organização geométrica do espaço urbano. 
Repetido e multiplicado apresenta várias dimensões e tornou-se num gerador de espaço urbano, sendo que o interior é vazado e ocupado por jardins.
No século XVI, os quarteirões do Bairro Alto são o resultado de uma operação de loteamento fora das muralhas fernandinas, foi considerada como a primeira operação urbanista do periodo renascentista em Lisboa.
Tem como caracteristicas uma estrutura geometrizada, cujos habitantes é predominantemente a Nobreza, a Burguesia e homens ligados ao mar.
Relativamente aos quarteirões da Baixa Pombalina, estes são o resultado da proposta de traça iluminista de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel para a reconstrução da cidade após o terramoto de 1755.
Trata-se de um sistema de quarteirões permitindo a operação fundiária que formam um bloco edifícado com um saguão central, os quarteirões têm fachadas repetidas e alturas uniformes. Os quarteirões formam ruas que foram hierarquizadas consoante a sua importância e função.
Os espaços verdes foram muito importantes na cidade da época, começou-se a introduzir a árvore e evoluiu-se para a alameda, jardins e parques que priveligiavam novas práticas sociais. Surgiu a arte da jardinaria que trabalha os elementos vegetais: árvores, canteiros, e plantas e prados, com os elementos construídos, muros, balaustradas e esculturas.
No fim do século XVIII e inicio do século XIX os ingleses apostaram na inovação e inventaram o Crescent, o Circus e o Square.
O Crescent trata-se de uma banda de edifícios ou palácios implantados em semi-circulo voltado para um parque ou jardim.
O Circus é um espaço circular com um jardim central.
O Square trata-se de um parque ladeado por construções nos quatro lados, teve origens na Place de Vosges.
Estes espaços eram usufruídos pela burguesia e aristocracia.























Fonte: Lamas, José Ressano. "Morfologia urbana e desenho da cidade".



Fonte: http://home.fa.utl.pt/~camarinhas/Baixa2.JPG














 
 
 
Fonte: http://www.visitlisboa.com/%2FConteudos%2FEntidades%2FTravel-Planner%2FBaixa-Pombalina%2FPercursos-lisboa_reconstruida-Baixa-Aerea-Unf-44-j.aspx

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Renascimento e Barroco: Elementos urbanos

27 - Novembro - 2014
Sumário: Renascimento e Barroco: Elementos urbanos
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Os elementos urbanos sofreram grandes transformações a praça começa a ser entendida como um recinto espacial público, usufruido por peões, veiculos e como espaço recreativo da malha urbana.
A praça ganha uma enorme importância pois congrega os principais edifícios e monumentos.
É um lugar tradicionalmente constituinte de cenário urbano onde são estratégicamente colocados obeliscos, estátuas e fontes.
Relativamente à fachada é um elemento que garante a ordem visual no espaço urbano através da simetria, proporção e ritmo.
No primeiro Renascimento a fachada é ordenada e apresenta uma grande racionalidade na sua concepção. Por outro lado, no Barroco e no Rococó a fachada sofre uma grande transformação e torna-se exuberante é uma fachada muito mais ligada à emoção do que à razão.
Por volta do século XX o Liberalismo urbano elevou a personalidade criativa do arquitecto almejando uma atitude individualista para cada edifício.
Como exemplos destas transformações urbanas temos: a Place des Vosges; a Baixa Pombalina, Rue de Rivoli; Crescents de Bath e Place Vandôme.
Relativamente aos edifícios singulares são denominados assim pelo valor e significado social, politico ou religioso. São elementos de grande individualidade e expressão urbana tal como: a Câmara Municipal, a Igreja e o Palácio.
De grande relevo cénico são elementos autonomos capaz de gerar malha urbana e pólos de atractividade.
No que diz respeito aos monumentos como elementos urbanos constituem-se como peças individuais de âmbito arquitectónico e escultórico. São elementos de posicionamento destacado. Foi uma invenção renascentista ao utilizarem esculturas romanas para embelezar as cidades como a estátua de Marco Aurélio na Praça de Campidoglio.
São entendidos como monumentos os seguintes elementos: Escultura, obelisco, fonte, arco do triunfo, etc.


Place d'Albertas, Aix-en-Provence
Fonte:fr.wikipedia.org/wiki/Place_d%27Albertas#mediaviewer/File:Immeubles_formant_la_place_d%27Albertas.jpg


Place de Vosges
Fonte: http://www.placesinparis.com/wp-content/uploads/2011/12/fountain_place_des_vosges.jpg


Baixa Pombalina
Fonte: http://www.visitlisboa.com/%2FConteudos%2FEntidades%2FTravel-Planner%2FBaixa-Pombalina%2FPercursos-lisboa_reconstruida-Baixa-Aerea-Unf-44-j.aspx


Rue de Rivoli
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c1/Rue_de_Rivoli,_Paris,_March_2013.JPG


Crescents de Bath
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/31/Royal.crescent.aerial.bath.arp.jpg


Place Vendôme
Fonte: http://www.freemages.pt/album/paris/place_vendome.jpg

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Renascimento e Barroco - As diferenças que os separam e as diferenças que os unem

20 - Novembro - 2014
Sumário: Renascimento e Barroco - As diferenças que os separam e as diferenças que os unem ...........................................

Entre os séculos XVIII e XIX o Renascimento e Barroco transformaram profundamente o urbanismo Europeu.As diferenças de actuação eram díspares, enquanto o Renascimento procurava a imobilidade dos objectos que compõem o espaço urbano, o Barroco quer expressar movimento.O Renascimento procurava a perfeição numa arte calma o Barroco usa o poder da emoção para impressionar o espectador, em detrimento do equilibrio renascentista.Como exemplo destas dinâmicas urbanas temos:- Piazza della Annunziatta (Florença), Renascimento;- Praça do Capitólio de Miguel Ângelo e Praça de São Pedro em Roma - Barroco.No que confere aos elementos urbanos, as fortificações resultam da evolução das técnicas militares com a disseminação do canhão. Foram criados complexos sistemas defensivos com fossos, rampas, baluartes e muralhas, de aspecto estático e pesado é um sistema defensivo dispendioso. A morfologia da cidade vai ser condicionada pela forma das fortificações que têm um grande impacto visual no território.Relativamente à rua enquanto elemento urbano esta ganha uma enorme importância, a rua renascentista é resultado de um gesto recto na malha urbana executando a sua função primordial, aceder aos edifícios. A rua tornou-se num eixo de perspectiva de valorização urbana.A rua dá origem à avenida tornando-se num elemento cénico muito proponderante é onde decorrem as movimentações humanas como procissões e cortejos. O efeito cénico da rua é dado pelas fachadas dos edifícios que eram utilizadas como meio de ostentação pela nobreza e burguesia do seu poder económico.A rua é um elemento urbano que articula a cidade e é hierarquizado consoante a sua importância. Uma grande invenção deste periodo foi a introdução de alinhamentos arbóreos nas ruas.O desenho da cidade é dado por traçado recticular geométrico, é muito funcional e responde às necessidades distributivas, organizacionais e habitacionais. Também responde à divisão cadastral.

 
Lamas, José Ressano Garcia, Morfologia urbanae desenho da cidade



Lamas, José Ressano Garcia, Morfologia urbanae desenho da cidade



Piazza della Annunziatta, FlorençaFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f9/Piazza_SS_Annunziata_Firenze_Apr_2008_(18)-Piazza_SS_Annunziata_Firenze_Apr_2008_(27).jpg


Praça do Capitólio, Roma
Fonte:http://farm9.staticflickr.com/8294/7590787154_1054078a22_z.jpg

Praça do Capitólio, Roma
Fonte: http://farm8.staticflickr.com/7129/7590747564_72b49a31f5_z.jpg


Praça de São Pedro, Roma (Bernini)
Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/08/praca-de-sao-pedro.jpg

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Renascimento - Desenho urbano (continuação)

13 - Novembro - 2014
Sumário: Renascimento - Desenho urbano (continuação)
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O Renascimento prima pela racionalidade, pela ordem e pela disciplina geométrica.
Alberti alega que: "A cidade deve constituir-se com o objectivo do prazer austero da geometria."
As plantas das cidades alteraram-se e deram origem à forma radioconcêntrica, considerada a forma geométrica perfeita, as ruas são radiais que ligam o centro da cidade às portas da cidade. O centro da cidade é o espaço reservado na malha urbana para os edifícios públicos.
Os Renascentistas procuravam o traçado da cidade ideal.
Inicialmente o Renascimento constrói sistemas de fortificações e alterações em determinadas áreas da cidade, foram constriudos novos acessos viários, novos bairros a partir de quadricula ortogonal, como exemplo dessa actuação urbana em Portugal existe o Bairro Alto. 
No periodo entre 1500 a 1600, foram construidas novas cidades com caracteristicas militares, como Palma Nuova, Neuf-Brisach, Almeida e Ville-Richelieu.
Biaggio Rossetti desenhou a expansão de Ferrara, é considerada por alguns autores como a primeira intervenção de urbanismo moderno. Também considerada por alguns autores a primeira intervenção renascentista é a Via Nuova em Génova (1470).
As ideias Renascentistas através de um ordenamento pensado, expandiu-se por toda a Europa no inicio do século XVII até ao movimento moderno.


Ferrara
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f0/Ferrara-1600.jpg


Ferrara
Fonte:http://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/01/88/6e/7d/ferrara.jpg


Palma Nuova
Fonte: http://www.ratestogo.com/blog/wp-content/uploads/2008/02/palmanova-italy.jpg


Palma Nuova
Fonte: http://russellbloodworth.files.wordpress.com/2010/03/palma-nova-actual-8001.jpg


Palma Nuova
Fonte:http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/02/legendarylands_eco311.jpg


Neuf-Brisach
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2e/NeufBrisach-003.jpg


Neuf-Brisach
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2c/Plan_citadelle_Neuf_Brisach.jpg


Neuf-Brisach
Fonte:http://www.johnsmilitaryhistory.com/Dsc09636e.jpg

domingo, 9 de novembro de 2014

Renascimento - Desenho urbano

30 - Outubro - 2014
Sumário: Renascimento - Desenho Urbano
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O Renascimento começa no inicio no séc. XV e segue até finais do século XVIII. O primeiro Renascimento dá-se entre 1420 a 1500 em Itália, o Renascimento tardio deu-se entre 1500 a 1600, sendo que o Barroco surge entre 1600 até 1765 e o Rococó e Neoclássico entre 1750 e 1900.
A terminologia Renascimento significa voltar a nascer, foi a necessidade sentida pelos urbanistas e arquitectos da época, voltar aos cânones clássicos de beleza, à concepção artistica e à linguagem urbana da Grécia e de Roma. Contudo, tendo por base o regresso ao passado como alicerce de um novo urbanismo e de uma nova linguagem arquitectónica. Porém sempre numa perspectiva evolutiva opondo-se ao medievalismo.
Com estes pressupostos surgiu um novo estilo na arquitectura, no urbanismo, na pintura e na escultura. Apareceu assim o Renascimento em Florença proliferando pelo Itália onde o Gótico não era aceite como arte.
Em 1412 foram descobertos os escritos de Vitruvio, De Architectura, e em 1521 foram publicados e aceites como inspiração na criação arquitectónica e artistica.
Os cenários urbanos e arquitectónicos foram desenvolvidos primeiramente na pintura.
O espaço renascentista organiza-se através de grandes eixos compostos por edifícios de diferente linguagem e dimensões.
A grande descoberta que revoluciona a forma de conceber urbanismo foi a perspectiva. A noção de profundidade ajuda ao progresso do desenho urbano.
Outra grande invenção foi a imprensa, o que facilitou a divulgação do paradignas renascentistas.

Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cidade medieval

  • 23 - Outubro - 2014
  • Sumário: Cidade Medieval
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  • A estrutura da cidade medieval tem origem nas antigas cidades romanas, quer na cidade mãe quer nos aglomerados periféricos onde estavam implantados os santuários de índole cristã. Mas apesar da apropriação das cidades romanas, outras cidades nasceram com funções diferentes, como as cidades comerciais e militares, como por exemplo as bastides.
  • Com a introdução de novas funções na cidade e com a instalação de ordens militares e religiosas, as cidades foram sofrendo profundas alterações urbanas em que o traçado radiocêntrico medieval se sobrepunha ao traçado romano.
  • As construções nascem sem aparente ordem sobre as construções romanas, igrejas nascem nos templos, o lugar ancestral como espaço de oração vai perdurar no tempo.
  • A escala monumental foi abandona dando lugar a uma escala mais humana, mais adaptada às dimensões do homem.
  • O crescimento e o progresso das cidades medievais deve-se às classes sociais formadas por artesãos e comerciantes que se unem em corporação e mais tarde desenvolveram os alicerces da banca tal como a conhecemos hoje.
  • Com estas mudanças a população aumentou e foi necessária a construção de novos lugares de fixação da população, contudo o crescimento das cidades teve quebras devido a guerras, epidemias e pestes dificeis de controlar que provocaram inumeras perdas humanas. 
  • Os elementos urbanos medievais de maior destaque são, a muralhas, as ruas, os espaços públicos praça e mercado e os edifícios singulares.
  • Relativamente às muralhas, são alinhamentos que formam o perimetro da cidade compostas por muros, torres, fossos e portas para entrar na cidade. As muralhas fazem parte do sistema defensivo medieval para manter em segurança a cidade e principalmente os lugares de poder.
  • No interior das muralhas, a rua tem um papel muito importante no espaço urbano, executadas para a circulação de pessoas e animais que transportavam mercadorias. A pavimentação começou a ser utilizada desde o século XI e XII. A rua tem um papel forte na economia medieval pois era uma extensão do mercado. 
  • O mercado e a praça são elementos marcantes na cidade, a praça resulta de um espaço aberto na estrutura, o mercado está junto à igreja, no centro ou ainda junto a uma das portas da cidade.No fundo as praças dividem-se em praça do mercado e praça da igreja (adro) ou parvis medieval.
  • Os edifícios singulares, sãos os elementos urbanos destinados a funções religiosas ou de poder, como a igreja ou catedral, o castelo, o palácio e as torres senhoriais e a Câmara Municipal.
  • Relativamente ao quarteirão medieval este destacam-se dos quarteirões romanos, a fachada entre em contacto directo com a rua deixando uma área afecta onde se desenvolveriam hortas e jardins.
  • Muitos arquitectos e urbanistas questionam-se sobre o traçado medieval, se é fruto do acaso ou se é planeado, as opiniões divergem e há poucos consensos. Porém pode ser sempre estudado pois permanece em muitas cidades, e será sempre um debate apetecível pelos estudiosos destas matérias. Pessoalmente, acredito que em momentos históricos a cidade tenha que crescer rapidamente e isso fez com que o acaso desenvolve-se a cidade, contudo também acredito que existissem partes da cidade que eram planeadas como os pedaços urbanos que envolviam os edifícios ligados ao poder e à religião.

  • Marvão
  • Fonte: http://www.radiocampanario.com/r/images/marvao2.jpg
  • Lisboa
  • Fonte:http://photos1.blogger.com/blogger/3005/2329/400/lisboa.gif
  • Marvão
  • Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Marv%C3%A3o_27.jpg
  • Castelo de São Jorge
  • Fonte: desconhecida
  • Óbidos
  • Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Obidos_77c.jpg 
  • Serpa
  • Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvcEKwXAlLDnA-fdcJsIbhg0DME2rqQOhvZRMhyphenhyphenXF2EhISooQJX-U5x0MF6n2oAmTG5JvpGAxdOIrKT2_4Ha20D5QZqDg6VlinCtyG-W-kVRgFF4EyJFAOzr7K0acLON3dGG3wNUcF__PT/s1600/Serpa+2.JPG

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade
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  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Roma Antiga

17 - Outubro - 2014
Sumário: Roma Antiga
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O urbanismo e a cultura romana foram fortes influências em toda a Europa.
O desenho da cidade é pensado de uma forma mística dando um sentido religioso à cidade. Era delimitado um perimetro da cidade não permitindo a entrada de outras religiões, com esta restrição o Cristianismo cresceu apenas nas periferias das cidades.
O traçado da cidade obedecia a um ritual religioso, a sua implantação era orientada de Este para Oeste - Decumanos Maximus, e de Norte para Sul - Cardus. Este traçado cruza-se no centro de uma forma cósmica. Este desenho de cidade irá influênciar o modo de conceber cidade a internacionalmente.
Além do Cardus e do Decumanos os romanos utilizavam a quadricula para definir quarteirões e ruas pois esta estrutura em rede facilita a colocação de infraestruturas viárias como o abastecimento de águas, esgotos e drenagens pluviais.
A construção das cidades precisavam de regulamentação, foi então aplicado pela primeira vez em Roma o termo Regulamentação Urbanística, este documento juridico previa as regras, as interdições e obrigações nas construções e demolições.
O conceito de zonamento surge como consequência da hierarquia social e da organização urbano.
Surgiu também a construção em altura as insulae que comportam seis andares substituindo os domus de apenas um piso.
Relativamente ao quarteirão romano, é na sua maioria residencial e é ocupado por uma villa ou por insulae e sem logradouro, são os muros e as fachadas que fazem o percurso da rua.
O poder imperial era demonstrado nas grandes obras, monumentos e infraestruturas.
Foram construidos espaços públicos de grande envergadura como o circus maximus, também construiram-se teatros, termas, mercados,etc.
Em 64 a.c, deu-se o incêndio do Campo de Marte, após isto existiu um plano de intervenção do Estado e também de iniciatica privada onde se estabeleceu taxas e direitos de construção.
As invenções romanas são: a ponte, a "obra de arte", o aqueduto, o canal entre outras.


Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Arch_of_SeptimiusSeverus.jpg


Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bb/Coliseum-of-Rome.JPG


Fonte:http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2012/11/historia-da-roma-antiga.jpg


Fonte:http://pessoal.educacional.com.br/ui/20021/1111376/planRome.jpg 



Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade


Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade


Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade 

    

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Grécia - Contributo para o urbanismo europeu

9-Outubro-2014
Sumário:Grécia - Contributo para o urbanismo europeu 
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A organização social e política da Grécia foi o motor de desenvolvimento do espaço urbano, as primeiras concepções de cidade surgiram com esta civilização.
O povo grego tinha consciência da diferenciação entre espaço público e espaço privado, de tal modo que a evolução da cidades foram baseadas em regulamentação rigorosa.
A concentração de proprietários orgazinavam a estrutura urbana, o que lhes conferia deste modo a consolidação de um poder, denominado "o poder dos proprietários", poder esse cobiçado pelas mais variadas camadas sociais da época, sendo derrotado pelo "poder dos tiranos" alegadamente mais próximo e protector do povo.
A idade de ouro surge no século de Péricles que promoveu e evolução do sistema social e político e da implementação da democracia.
Este progresso alavancou a organização funcional das cidades começando pela repartição da malha urbana por zonas de actividades e pelo posicionamento diferenciado dos edifícios públicos.
A religião e o poder democrático estavam relacionados com os espaços públicos de mais significado no tecido urbano, eram implantados de forma orgânica e assimétrica interligados por espaços. Estes equipamentos são devidamente cuidados e organizados para serem dignos de receber funções públicas.
Outro elemento importante é o "Ágora", envolvido pelo mercado e pelo teatro.
A grande preocupação com edifícação pública não se reflectia na edifícação habitacional, estes eram edifícios modestos sem grande tratamento. Apesar disso, estes edifícios estavam estavam implantados de forma ordenada e uniforme com traçados regulares. 
Os edifícios habitacionais eram alvo de uma regulamentação especifica condicionando o tecido residencial a uma grande simplicidade.
O acto de regulamentar o espaço urbano reflectia um pensamento progressista no que toca à evolução das cidades. Um grande acto vanguardista que legitimou e condicionou o modo habitar as cidades de todo o mundo.
O exemplo de Esparta ao nivel da regulamentação urbana mostra efectivamente a diferença entre os espaços públicos e residenciais, era impedida a colocação de ornamento nas portas da residências. 
O centro da cidade é o espaço mais relevante, que se forma apartir do santuário. Em volta do santuário situa-se o "Ágora" com funções administrativas e judiciais.
Os templos eram edifícios para serem contemplados, como tal teriam de ter grande evidência no espaço urbano, eram criados percusos que permitiam vários pontos de visualização. O acesso ao Parténon é exemplo da evidência dada aos monumentos.
No caso de Mileto foi utilizada a "Quadricula Grega" desenhada pelo arquitecto Hippodamus de Mileto, como meio de organização para o tecido residencial. A implantação desta quadricula em terreno geograficamente acidentado originou diversos terraços e plataformas que sustentam a base dos edifícios.
Em Pérgamo são introduzidos efeitos cénicos ao desenho urbano e alteração no funcionalismo da cidade, o "Ágora" abandona a função de espaço público e político tornando-se espaço simbólico. O Palácio será deste modo o lugar do poder.


 Plano da Acrópole
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Plan-acropole.png

 Acrópole de Atenas
Fonte: http://turismo.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/acropole-de-atenas/acropole-de-atenas6.jpg

Atenas
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj94dUUc9IGet6JLsblx25utLf3ZN4W9VkaAozK3kOcvgkqIe3Htz2-Lm_4e5QGpAILOqyVw0BFvbQQkqH79ngqgVC8mcEo147DDrEclUUqPAccpdMGGWDPJvpgsWKkJiPiKJ9SSyyM5KM/s400/image012.jpg

 Atenas
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/pimage/mahdia7.jpg

 Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José

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Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José
Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José

Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José