segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cidade medieval

  • 23 - Outubro - 2014
  • Sumário: Cidade Medieval
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  • A estrutura da cidade medieval tem origem nas antigas cidades romanas, quer na cidade mãe quer nos aglomerados periféricos onde estavam implantados os santuários de índole cristã. Mas apesar da apropriação das cidades romanas, outras cidades nasceram com funções diferentes, como as cidades comerciais e militares, como por exemplo as bastides.
  • Com a introdução de novas funções na cidade e com a instalação de ordens militares e religiosas, as cidades foram sofrendo profundas alterações urbanas em que o traçado radiocêntrico medieval se sobrepunha ao traçado romano.
  • As construções nascem sem aparente ordem sobre as construções romanas, igrejas nascem nos templos, o lugar ancestral como espaço de oração vai perdurar no tempo.
  • A escala monumental foi abandona dando lugar a uma escala mais humana, mais adaptada às dimensões do homem.
  • O crescimento e o progresso das cidades medievais deve-se às classes sociais formadas por artesãos e comerciantes que se unem em corporação e mais tarde desenvolveram os alicerces da banca tal como a conhecemos hoje.
  • Com estas mudanças a população aumentou e foi necessária a construção de novos lugares de fixação da população, contudo o crescimento das cidades teve quebras devido a guerras, epidemias e pestes dificeis de controlar que provocaram inumeras perdas humanas. 
  • Os elementos urbanos medievais de maior destaque são, a muralhas, as ruas, os espaços públicos praça e mercado e os edifícios singulares.
  • Relativamente às muralhas, são alinhamentos que formam o perimetro da cidade compostas por muros, torres, fossos e portas para entrar na cidade. As muralhas fazem parte do sistema defensivo medieval para manter em segurança a cidade e principalmente os lugares de poder.
  • No interior das muralhas, a rua tem um papel muito importante no espaço urbano, executadas para a circulação de pessoas e animais que transportavam mercadorias. A pavimentação começou a ser utilizada desde o século XI e XII. A rua tem um papel forte na economia medieval pois era uma extensão do mercado. 
  • O mercado e a praça são elementos marcantes na cidade, a praça resulta de um espaço aberto na estrutura, o mercado está junto à igreja, no centro ou ainda junto a uma das portas da cidade.No fundo as praças dividem-se em praça do mercado e praça da igreja (adro) ou parvis medieval.
  • Os edifícios singulares, sãos os elementos urbanos destinados a funções religiosas ou de poder, como a igreja ou catedral, o castelo, o palácio e as torres senhoriais e a Câmara Municipal.
  • Relativamente ao quarteirão medieval este destacam-se dos quarteirões romanos, a fachada entre em contacto directo com a rua deixando uma área afecta onde se desenvolveriam hortas e jardins.
  • Muitos arquitectos e urbanistas questionam-se sobre o traçado medieval, se é fruto do acaso ou se é planeado, as opiniões divergem e há poucos consensos. Porém pode ser sempre estudado pois permanece em muitas cidades, e será sempre um debate apetecível pelos estudiosos destas matérias. Pessoalmente, acredito que em momentos históricos a cidade tenha que crescer rapidamente e isso fez com que o acaso desenvolve-se a cidade, contudo também acredito que existissem partes da cidade que eram planeadas como os pedaços urbanos que envolviam os edifícios ligados ao poder e à religião.

  • Marvão
  • Fonte: http://www.radiocampanario.com/r/images/marvao2.jpg
  • Lisboa
  • Fonte:http://photos1.blogger.com/blogger/3005/2329/400/lisboa.gif
  • Marvão
  • Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Marv%C3%A3o_27.jpg
  • Castelo de São Jorge
  • Fonte: desconhecida
  • Óbidos
  • Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Obidos_77c.jpg 
  • Serpa
  • Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvcEKwXAlLDnA-fdcJsIbhg0DME2rqQOhvZRMhyphenhyphenXF2EhISooQJX-U5x0MF6n2oAmTG5JvpGAxdOIrKT2_4Ha20D5QZqDg6VlinCtyG-W-kVRgFF4EyJFAOzr7K0acLON3dGG3wNUcF__PT/s1600/Serpa+2.JPG

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade

  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade
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  • Fonte: LAMAS, José Ressano Garcia, Morfologia Urbana e Desenho da Cidade


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Roma Antiga

17 - Outubro - 2014
Sumário: Roma Antiga
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O urbanismo e a cultura romana foram fortes influências em toda a Europa.
O desenho da cidade é pensado de uma forma mística dando um sentido religioso à cidade. Era delimitado um perimetro da cidade não permitindo a entrada de outras religiões, com esta restrição o Cristianismo cresceu apenas nas periferias das cidades.
O traçado da cidade obedecia a um ritual religioso, a sua implantação era orientada de Este para Oeste - Decumanos Maximus, e de Norte para Sul - Cardus. Este traçado cruza-se no centro de uma forma cósmica. Este desenho de cidade irá influênciar o modo de conceber cidade a internacionalmente.
Além do Cardus e do Decumanos os romanos utilizavam a quadricula para definir quarteirões e ruas pois esta estrutura em rede facilita a colocação de infraestruturas viárias como o abastecimento de águas, esgotos e drenagens pluviais.
A construção das cidades precisavam de regulamentação, foi então aplicado pela primeira vez em Roma o termo Regulamentação Urbanística, este documento juridico previa as regras, as interdições e obrigações nas construções e demolições.
O conceito de zonamento surge como consequência da hierarquia social e da organização urbano.
Surgiu também a construção em altura as insulae que comportam seis andares substituindo os domus de apenas um piso.
Relativamente ao quarteirão romano, é na sua maioria residencial e é ocupado por uma villa ou por insulae e sem logradouro, são os muros e as fachadas que fazem o percurso da rua.
O poder imperial era demonstrado nas grandes obras, monumentos e infraestruturas.
Foram construidos espaços públicos de grande envergadura como o circus maximus, também construiram-se teatros, termas, mercados,etc.
Em 64 a.c, deu-se o incêndio do Campo de Marte, após isto existiu um plano de intervenção do Estado e também de iniciatica privada onde se estabeleceu taxas e direitos de construção.
As invenções romanas são: a ponte, a "obra de arte", o aqueduto, o canal entre outras.


Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Arch_of_SeptimiusSeverus.jpg


Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bb/Coliseum-of-Rome.JPG


Fonte:http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2012/11/historia-da-roma-antiga.jpg


Fonte:http://pessoal.educacional.com.br/ui/20021/1111376/planRome.jpg 



Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade


Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade


Fonte: LAMAS, José, Morfologia urbana e desenho da cidade 

    

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Grécia - Contributo para o urbanismo europeu

9-Outubro-2014
Sumário:Grécia - Contributo para o urbanismo europeu 
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A organização social e política da Grécia foi o motor de desenvolvimento do espaço urbano, as primeiras concepções de cidade surgiram com esta civilização.
O povo grego tinha consciência da diferenciação entre espaço público e espaço privado, de tal modo que a evolução da cidades foram baseadas em regulamentação rigorosa.
A concentração de proprietários orgazinavam a estrutura urbana, o que lhes conferia deste modo a consolidação de um poder, denominado "o poder dos proprietários", poder esse cobiçado pelas mais variadas camadas sociais da época, sendo derrotado pelo "poder dos tiranos" alegadamente mais próximo e protector do povo.
A idade de ouro surge no século de Péricles que promoveu e evolução do sistema social e político e da implementação da democracia.
Este progresso alavancou a organização funcional das cidades começando pela repartição da malha urbana por zonas de actividades e pelo posicionamento diferenciado dos edifícios públicos.
A religião e o poder democrático estavam relacionados com os espaços públicos de mais significado no tecido urbano, eram implantados de forma orgânica e assimétrica interligados por espaços. Estes equipamentos são devidamente cuidados e organizados para serem dignos de receber funções públicas.
Outro elemento importante é o "Ágora", envolvido pelo mercado e pelo teatro.
A grande preocupação com edifícação pública não se reflectia na edifícação habitacional, estes eram edifícios modestos sem grande tratamento. Apesar disso, estes edifícios estavam estavam implantados de forma ordenada e uniforme com traçados regulares. 
Os edifícios habitacionais eram alvo de uma regulamentação especifica condicionando o tecido residencial a uma grande simplicidade.
O acto de regulamentar o espaço urbano reflectia um pensamento progressista no que toca à evolução das cidades. Um grande acto vanguardista que legitimou e condicionou o modo habitar as cidades de todo o mundo.
O exemplo de Esparta ao nivel da regulamentação urbana mostra efectivamente a diferença entre os espaços públicos e residenciais, era impedida a colocação de ornamento nas portas da residências. 
O centro da cidade é o espaço mais relevante, que se forma apartir do santuário. Em volta do santuário situa-se o "Ágora" com funções administrativas e judiciais.
Os templos eram edifícios para serem contemplados, como tal teriam de ter grande evidência no espaço urbano, eram criados percusos que permitiam vários pontos de visualização. O acesso ao Parténon é exemplo da evidência dada aos monumentos.
No caso de Mileto foi utilizada a "Quadricula Grega" desenhada pelo arquitecto Hippodamus de Mileto, como meio de organização para o tecido residencial. A implantação desta quadricula em terreno geograficamente acidentado originou diversos terraços e plataformas que sustentam a base dos edifícios.
Em Pérgamo são introduzidos efeitos cénicos ao desenho urbano e alteração no funcionalismo da cidade, o "Ágora" abandona a função de espaço público e político tornando-se espaço simbólico. O Palácio será deste modo o lugar do poder.


 Plano da Acrópole
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Plan-acropole.png

 Acrópole de Atenas
Fonte: http://turismo.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/acropole-de-atenas/acropole-de-atenas6.jpg

Atenas
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj94dUUc9IGet6JLsblx25utLf3ZN4W9VkaAozK3kOcvgkqIe3Htz2-Lm_4e5QGpAILOqyVw0BFvbQQkqH79ngqgVC8mcEo147DDrEclUUqPAccpdMGGWDPJvpgsWKkJiPiKJ9SSyyM5KM/s400/image012.jpg

 Atenas
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/pimage/mahdia7.jpg

 Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José

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Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José
Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José

Fonte: Morfologia urbana da cidade, LAMAS, José